Com vistas das recentes denúncias sobre assédio, abuso e opressão machista sobre mulheres, vindos de um conhecido intelectual de esquerda e professor universitário, o Coletivo Anarquia ou Barbárie se posiciona em completa solidariedade com as vítimas, não só em relação aos abusos por elas sofridos como aos ataques que vêm sofrendo de outros intelectuais, de chargistas e grupos inteiros autoproclamados de esquerda que desfilam pelas redes sociais mandando às favas os escrúpulos de consciência política, de empatia, de mínimo respeito mútuo, ideológico e de bom senso com relação às vítimas de opressão.
Não é preciso ser doutor para ver, nos diálogos publicados, demonstrações de enorme machismo e posição dominador,a, opressora, de competição hierárquica entre homens e submissão de mulheres, com relatos de redução de um momento de violência contra uma mulher e ridicularização disto com fins de sedução a uma menor. Estes relatos podem ser obtidos aqui, e comentários sobre o caso podem ser lidos aqui, aqui, e aqui. A resposta do professor, aqui.
Nos diálogos publicados, nas defesas ao professor por seus amigos e mesmo na sua resposta, há a incrível sucessão de fé na ação opressora como “natural” e na permanência da opressão e do lugar de fala opressor como saída, além da clássica criminalização das denúncias e das denunciantes, com defesa de uma prática machista como regra.
Ao buscar solução na justiça, com a mesma sanha punitivista que se fez regra condenar até se ver alvo de denúncias, se continua um processo de criminalização das vítimas, de reforço ao lugar de fala machista e de manutenção da opressão, e contra isso o coletivo Anarquia ou Barbárie se manifesta de forma veemente.
O coletivo anarquia ou Barbárie se posiciona ao lado das vítimas e em apoio eloquente, em solidariedade ampla e se manifesta como defensor das vítimas de abuso contra todas as máquinas de opressão, sejam as máquinas estatais e legais, sejam as manobras difamatórias que tramam chamar de hipocrisia a resistência e a denúncia de opressão.
Não adianta lutar pela transformação do mundo só até a página dois, ou declarar louvores à ação direta, e oprimir as companheiras.