“Prometemos às mulheres do mundo que venceremos”

POSTADO EM: Comitè de Solidariedad con Rojava y el Pueblo Kurdo, 13 de Janeiro de 2015.
Tradução livre do Coletivo Anarquia ou Barbárie.
Gülistan Kobanê, comandante das YPJ.

 

Uma das comandantes das YPJ (Unidades de Proteção da Mulher) em Kobane, Gülistan Kobanê, avaliou os ataques do EI (Estado Islâmico) contra o cantão, que começaram em 15 de setembro de 2014, dizendo o seguinte: “O lema das YPJ a este respeito é que enquanto defendermos Kobane, Kobane não cairá. Nesses quatro meses, cumprimos com o prometido contra todo o prognóstico inicial”.

Ela acrescentou que Kobane ainda não caiu e que as YPJ, em um esforço conjunto com as YPG (Unidades de Proteção do Povo), têm evitado que o EI avance em qualquer frente. “As YPJ demonstraram que nem o EI nem nenhuma força poderá com o povo curdo enquanto as YPJ continuarem presentes”.

A comandante recordou que as YPJ também se formaram para combater a mentalidade opressora predominante dos homens em relação às mulheres; seu inimigo por excelência, o EI e seu fascismo islâmico, tem sofrido severos golpes. “A resistência apresentada pelas YPJ contra os crimes do EI deram lugar ao surgimento da esperança entre as mulheres do mundo todo”.

As YPJ dão honra e identidade às mulheres, elas estão lutando heroicamente na linha de frente contra o EI, e os homens combatentes antifascistas professam um grande respeito a elas”.

Nunca pensamos que Kobane fosse cair. Combatentes como Dicle, Delila, Hevi, Nuda e Arîn Mîrkan se negaram a permitir que o inimigo avançasse e sacrificaram suas vidas heroicamente. Essas camaradas têm se convertido em um símbolo de liberdade para as mulheres curdas e do mundo todo”.

Além do mais, a comandante assegura que “a ilusão criada pelo EI tem sido esmagada”, posto que as YPJ tem sido temidas pelos terroristas do EI, fazendo alusão ao desmoronamento do principal fator de recrutamento do EI (o acesso ao paraíso e a concessão de 40 mulheres virgens após a morte na Guerra Santa), o qual está vedado àquele homem que morra em combate contra uma mulher, de acordo com os rumores entre os fascistas.

Gülistan conclui dizendo que “[…] nossa resistência e o combate continuarão. Prometemos às mulheres do mundo que, em memória às camaradas caídas, venceremos”.